Iaiá teria antes de agradecer a escolha; era a sua convicção, e foi o que mais o ligou à filha de Luís Garcia.
Quando a moça refletisse que acharia no marido a satisfação de todas as veleidades do luxo, o gozo das coisas superfinas, elegantes e raras, devia ceder por força e preferi-lo a quem lhe desse apenas coração, trabalho e necessidades. Uma vez brotada a idéia, cresceu e tomou-lhe o cérebro todo. Iaiá era então a figura presente a seus olhos, ora divina e casta, ora ardente e lúbrica, — lúbrica, porque ele em sua imaginação conspurcava-a, antes mesmo de a possuir.
No dia seguinte acordaram tarde e almoçaram juntos, sem tornar no assunto da véspera. No fim do almoço, Procópio Dias referiu-se a ele, dizendo que fora excessivo na noite anterior, e pedindo a Jorge que o não levasse a mal; porquanto era tudo filho de um sentimento que não peca por moderado na suspeita, nem eqüitativo na apreciação.
— Não podia atribuir-lhe outro motivo, redargüiu Jorge sorrindo.
— Não ficou mal comigo?
— Mal? A prova é que se dependesse de mim casá-lo, casava-o amanhã mesmo.
Procópio Dias agradeceu-lhe a simpatia e o