do futuro; e, num intervalo, tocaram levemente no passado.

— Sabe que eu tinha um desgostozinho? disse Iaiá. Jorge interrogou-a com os olhos. — É verdade, um capricho, continuou ela. Quisera que o senhor nunca tivesse gostado de outra pessoa, e é bem possível que não seja este o primeiro amor de seu coração.

— Não é, respondeu Jorge depois de um instante de reflexão. Amei uma vez, há muito tempo; mas todo esse passado acabou.

— Está certo de que acabou?

— Criança! Que noiva receou nunca de um amor antigo, começado e acabado, antes dela ser amada também? Que o novo amor seja sincero e fiel, eis o que se deve pedir e exigir. Quanto ao passado, é como os defuntos; reza-se por ele, quando se reza.

— Tenho medo de almas de outro mundo, tornou Iaiá sorrindo.

Iaiá mostrou-se tão expansiva naquela noite e nos seguintes dias, derramou de tal modo a vida que a enchia que Estela compreendeu tudo o que se passava entre a