viria desfazer, e nessa carta incerta jogava todo o futuro.

Uma noite, Jorge propôs diretamente a Iaiá a necessidade de apressar o casamento.

— Não sendo a cerimônia pública, disse ele, não daremos que falar aos outros, se alguma coisa há que falar...

— Quer a minha resposta hoje mesmo? interrompeu Iaiá.

— Podia ser hoje.

Estela, que estava presente, apoiou a reflexão de Jorge. — Convém decidir quanto antes, disse ela; não vale a pena deixar passar mais tempo sem utilidade.

— Sem utilidade, repetiu Iaiá olhando para o teto.

— Decerto...

Iaiá baixou com os olhos aos dois; fitou-os a um e outro, longo tempo, com severidade; depois, retorquiu em tom ríspido:

— Deixem-me ao menos o tempo de chorar meu pai!

Jorge proferiu algumas palavras de afeição; Estela não protestou nem retorquiu; ergueu-se silenciosamente e deixou-os. O silêncio foi longo. Jorge não tomara à má fé a súplica