a princípio de coisas indiferentes; depois Valéria fez recair a conversação nas últimas notícias do Paraguai. Luís Garcia declarou que lhe não pareciam tão más, como diziam as gazetas, sem contudo negar que se tratava de um sério revés.
— É guerra para seis meses, concluiu ele.
— Só?
Esta pergunta foi a primeira palavra de Jorge, que até então não fizera mais do que ouvir e comer. Valéria tomou a outra ponta do diálogo, e confirmou a opinião de Luís Garcia. Mas o filho continuou a não intervir. Acabado o jantar, Valéria ergueu-se; Luís Garcia fez o mesmo; a viúva, pousando-lhe a mão no ombro, disse em tom familiar e intencional:
— Sem cerimônia; eu volto já.
Uma vez sós os dois homens, Luís Garcia achou de bom aviso ir de ponto em branco ao assunto que ali os reunira.
— Não tem vontade de ir também ao Paraguai? perguntou ele logo que Valéria desapareceu no corredor.
— Nenhuma. Contudo, acabarei por aí.
— Sim?
— Mamãe não deseja outra coisa, e o senhor mesmo sei que é dessa opinião.