mortíferos de dezembro de 1868, ano e meio depois da carta de Luís Garcia, que a temeridade do mancebo parecia ir além dos limites do costume, e que em vez de um homem que combatia, era ele um homem que queria morrer. A fortuna salvou-o. Findo o combate, recolhidos os feridos, repousados os corpos, o coronel foi ter com ele na barraca e achou-o tristemente quieto, com os olhos inchados e parados. O coronel não reparou nisso; entrou a felicitá-lo pelo comportamento que tivera, ainda que um pouco excessivo. Jorge tinha-se respeitosamente erguido e olhava para o coronel sem dizer palavra. Este encarou-o e viu-lhe sinais de abatimento.
— Que diabo tem você, capitão?
— Nada, respondeu o moço.
— Recebeu ontem cartas do Rio de Janeiro?
— Uma: de minha mãe.
— Está boa?
— De perfeita saúde.
— Nesse caso...
O coronel parou e refletiu; depois continuou:
— Já sei o que é.
— O que é! exclamou Jorge procurando sorrir.
— Há de fazer-se, continuou o coronel; a coisa