À brisa, ao sol, à serra, à flor silvestre
Ao ribeiro que corre cristalino,
Ao canto alegre e doce, matutino,
Das aventuras no arvoredo agreste;
À campina que do orvalho a manhã veste,
Eu, sem de Homero for o alto destino,
Um conto fui pedir áureo, divino,
Radiante dessa luz alva e celeste!
Com ele ornar quisera, alegremente,
O teu álbum mimoso — onde o talento
Do teu gênio se curva ao foto ingente;
Mas, não tenho de Dante o pensamento,
Não acho inspiração na luz fulgente
Pra um canto te ofertar com sentimento.