Pois a vida presente está perdida,
Formemos a futura da passada:
A pertenção acabe, bem fundada,
Sobre aquela medalha mal fundida.
Eu que estava tão bem na minha vida,
Passando-a muito alegre com meu nada,
Quem me meteu a andar com papelada
Que não é lida nunca e sempre é lida?
Mas que fazes, Tomás? tem paciência
E consola-te aqui com tanto sócio
Mais antigos que tu na impertinência.
Aguarda um pouco mais, suspende o ócio,
Porque hábito melhor, por consequência,
Terás na conclusão deste negócio.