Ó Natureza! ó mãe piedosa e pura!
Ó cruel, implacável assassina!
- Mão, que o veneno e o bálsamo propina
E aos sorrisos as lágrimas mistura!
Pois o berço, onde a boca pequenina
Abre o infante a sorrir, é a miniatura
A vaga imagem de uma sepultura,
O gérmen vivo de uma atroz ruína?!
Sempre o contraste! Pássaros cantando
Sobre túmulos... flores sobre a face
De ascosas águas pútridas boiando...
Anda a tristeza ao lado da alegria...
E esse teu seio, de onde a noite nasce,
É o mesmo seio de onde nasce o dia...