Tejo formoso, teu rigor condeno,
Quando despojas altamente impio
Das lindas plantas o frondoso brio,
Dos férteis campos o tributo ameno.
Nas amorosas lágrimas, que ordeno,
Porque cresças em claro senhorio,
Corres ingrato ao lagrimoso rio,
Vás fugitivo com desdém sereno.
Oh como representa o desdenhoso
Da bela Anarda teu cristal ativo,
Neste, e naquele efeito lastimoso!
Em ti já vejo a Anarda, ó Tejo esquivo,
Se teu cristal se ostenta rigoroso,
Se teu cristal se mostra fugitivo.