Rubião, ficando só com as duas mulheres, entrou a andar de um lado para outro, abafando os passos, para não incomodar ninguém. Da sala vinha uma ou outra palavra do Palha: "Em todo o caso, pode crer..." — "Nem a administração de um banco é coisa de brincadeira..." — "Positivamente..." O diretor falava pouco, seco e baixo.

Uma das costureiras dobrou a costura, arrecadou apressadamente retalhos, tesouras, carretéis de linha, de retrós. Era tarde; ia-se embora.

— Dondon, espera um bocado que eu vou também.

— Não, não posso. O senhor faz favor de dizer que horas são?

— São oito e meia, respondeu Rubião.

— Jesus! é muito tarde.

Rubião, para dizer alguma coisa, perguntou-lhe por que não esperava, como a outra pedia.

— Só espero D. Sofia, acudiu Dondon com respeito; mas o senhor sabe onde é que esta mora? Mora na Rua do Passeio. E eu vou dar com os ossos na Rua da Harmonia. Olha que daqui à Rua da Harmonia é um estirão.