Mas Arato diz que, próximo a esta (constelação) que estão Cefeu, Cassiopéia, Andrômeda e Perseus, há grandes lineamentos da criação que podem ser discernidos pelos sábios. Porque ele afirma que Cefeu é Adão, Cassiopéia é Eva, Andrômeda é a alma de ambos, Perseu o Logos, prole alada de Jove, e Ceto[1], o monstro ambicioso. Nenhum destes, apenas Andrômeda pode reparar, matar a Besta; do qual, igualmente tomando em si mesmo, pode entregar e prender a Besta, o Logos - isto é, Perseu - alcança, diz ele, sua liberação. Perseu, entretanto, é o eixo alado, que está no mundo, é (simbloizado por) Cicno, um pássaro - um animal musical em relação às "Ursas" - figura do Espírito Santo, porque quando se aproxima do fim da vida[2] ele sozinho começa a cantar, para partir com boas esperanças da criação maligna, (e) oferecendo hinos a Deus. Mas caranguejos, touros, leões, carneiros, bodes, crianças, e muitas outras bestas que têm seu nomes utilizados para denominar as estrelas no firmamento, são, diz ele, imagens, e exemplos da criação, sujeita a mudanças, obtendo (as diferentes) espécies, tornado-se repletas com animais desta descrição.

Notas editar

  1. Literalmente um monstro marinho (Cícero, Pistrix); Arato, Phaenom., v. 353 et seq.
  2. Proj autoij hdh toij termadi genomenon tou biou. Alguns leriam toij spermasi, que não tem significado inteligível.