Agora o Céu com ventos duplicados,
E com setas de prata despedidas,
Se enfurece com nuvens denegridas,
E se irrita com golpes fulminados.
Quando Anarda em tormentos desprezados
Fulmina nas finezas padecidas
Os raios dos rigores contra as vidas,
As nuvens dos desdéns contra os cuidados.
Mas ũa, e outra tempestade encerra
Diverso mal nas amorosas calmas,
Ou quando forma da borrasca a guerra:
Porque perdendo Amor ilustres palmas,
Aquela é tempestade contra a terra,
Mas esta é tempestade contra as almas.