Maria, eis-me a teus pés. Eu venho arrependido,

Implorar-te o perdão do imenso crime meu!

Eis-me, pois, a teus pés, perdoa o teu vencido,

Açucena de Deus, lírio morto do Céu!

Perdão! E a minha voz estertora um gemido,

E o lábio meu pra sempre apartado do teu

Não há de beijar mais o teu lábio querido!

Ah! Quando tu morreste, o meu Sonho morreu!

Perdão, pátria da Aurora exilada do Sonho!

- Irei agora, assim, pelo mundo, para onde

Me levar o Destino abatido e tristonho...

Perdão! E este silêncio e esta tumba que cala!

Insânia, insânia, insânia, ah! ninguém me responde...

Perdão! E este sepulcro imenso que não fala!