Sem par Elmano, a quem do Pindo a chave

Sem-par Elmano, a quem do Pindo a chave
Franqueára o Pastor do loiro Amphriso,
Quando mal te apontava ao rosto liso
A sombra, que afugenta o brinco ignave;

Mana dos labios teus nectar suave,
Se copías de Armía o doce riso;
Fallar por tua bôca um Deus diviso,
Se tratas da Moral sisuda _e grave.

Sôbre as azas reaes, cria inda implume
Aguia possante pouco a pouco exalta,
Té que a faça encarar de Phebo o lume:

Assim teu metro, que meu Estro esmalta,
Me convida a subir da Gloria ao cume,
E o ensino me dá, que inda me falta.