Senhor Mestre Alfaiate, este calção
Está como os sapatos, que eu lhe fiz?
De que serve o dedal, tesoura e giz,
Se não sabe pagar-lhe com a mão?
Você não é alfaiate, é remendão,
Eu bem podia crer o que se diz;
Porém como por asno nunca quis,
Justo é sinta o mal sem remissão.
Já outro que ali mora junto à Sé
Bem conhecido, Antônio Marroquim,
Me deitou a perder um guarda-pé.
Se eu daqui a dez anos, para mim,
Não fizer um calção de sufulié,
Não me chamem jamais Mestre Joaquim.