Singra o navio. Sob a agua clara

Singra o navio. Sob a agua clara
Vê-se o fundo do mar, de areia fina...
—Impeccavel figura peregrina,
A distancia sem fim que nos sepára!

Seixinhos da mais alva porcelana,
Conchinhas tenuemente côr de rosa,
Na fria transparencia luminosa
Repousam, fundos, sob a agua plana.

E a vista sonda, reconstrue, compára.
Tantos naufragios, perdições, destróços!
—Ó fulgida visão, linda mentira!

Roseas unhinhas que a maré partira...
Dentinhos que o vaivem desengastára...
Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos...