Terra do exilio! Aqui tambem as flores

{{d|Incorporamos aqui os Sonetos IV, X, XVI, XVII e XX, da collecção de Coimbra, de 1861, não incluidos no volume dos Sonetos completos.

A M. E.
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Terra do exilio! Aqui tambem as flores
Têm perfume e matiz; tambem vicejam
Rosas no prado, e pelo prado adejam
Zéfiros brandos suspirando amores:

Tambem cá tem a terra seus primores;
Pelos vales as fontes rumorejam;
Tem as moitas seus sôpros, que bafejam,
E o céo tem sua luz e seus ardores.

Em toda a natureza ha amor e cantos,
Em toda a natureza Deus se encerra...
E comtudo esta é a causa de meus prantos!

Eu sou bem como a flor que não descerra
Em clima alheio. Que importam teus encantos?
Não és, terra do exilio, a minha terra.