Teu nome foi um sonho do passado;
Foi um murmurio eterno em meus ouvidos;
Foi som de uma harpa que embalou-me a vida;
Foi um sorriso d’alma entre gemidos!

Teu nome foi um echo de soluços,
Entre as minhas canções, entre os meus prantos;
Foi tudo que eu amei, que eu resumia—
Dores—prazer—ventura—amor—encantos!

Escrevi-o nos troncos do arvoredo,
Nas alvas praias onde bate o mar;
Das estrellas fiz lettras—soletreio-o
Por noute bella ao morbido luar!

Escrevi-o nos prados verdejantes
Com as folhas da rosa ou da açucena!

Oh quantas vezes na aza perfumada
Correu das brisas em manhan serena! ?

Mas na estrella morreu, cahiu nos troncos,
Nas praias se—apagou, murchou nas flores;
Só guardado ficou-me aqui no peito
—Saudade ou maldição dos teus amores.