A moça está sentada. O moço amado
Para uma contradança vai “tirá-la”:
— Dá-me a honra?” — Pois não- E pela sala
Eil-os a passear de braço dado.
De amor quanto protesto alambicado
Daqueles meigos corações se exala,
Te que as palmas batendo o mestre-sala,
Toma lugar o par apaixonado!
Começa a dança. A mão do moço, esperta,
Bole, mexe, comprime, apalpa, aperta,
Durante uns turbulentos balances,
E uma senhora, que não é criança,
Sentada a um canto observa que na dança
Hoje trabalham mais as mãos que os pés.