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FADO (Destino, figura mitológica)> Determinismo

Do latim fatum (correspondente à moira grega), que deu origem aos termos fado, fada, fatal, fatídico, o Fado era concebido pelos gregos antigos como filho da Noite, divindade primordial, gerada pelo Caos (Terra), e mãe, por partenogênese, de varias divindades representativas do mundo do mistério: morte (Tânatos), parcas, sono, sonhos (Hipnos), miséria, engano, velhice, discórdia. O Destino tinha como divindades auxiliares as três “parcas” (moiras): Cloto, a que "tecia" o fio da vida de cada homem; Láquesis, a que "fixava" o tamanho do fio; e Átropos, a que "cortava” o fio, quando a vida devia chegar ao fim. Outra auxiliar importante do Fado era a “Fortuna”, a sorte (Tiké, em grego), representada com os olhos vendados e segurando um timão na mão, símbolo do acaso que dirige a vida humana. O Destino, entendido pelos gregos como uma força cósmica, superior à vontade dos deuses e dos homens, simboliza a necessidade da manutenção da ordem do universo. Com efeito, se as vontades individuais pudessem sobrepor-se aos desígnios do Fado, o mundo correria o risco de voltar para o Caos inicial. Os poemas épicos e a poesia dramática da literatura greco-romana encontram beleza artística e riqueza de sentido na luta inglória da vontade humana contra a predestinação do Fado.