Olhos voltados para mim e abertos
Os braços brancos, os nervosos braços,
Vens d'espaços estranhos, dos espaços
Infinitos, intérminos, desertos...
Do teu perfil os timidos, incertos
Traços indefinidos, vagos traços
Deixam, da luz nos ouros e nos aços,
Outra luz de que os céos ficam cobertos.
Deixam nos céos uma outra luz mortuaria,
Uma outra luz de lividos martyrios,
De agonias, de magoa funeraria...
E causas febre e horrôr, frio, delyrios,
Ó Noiva do Sepulchro, solitaria,
Branca e sinistra no clarão dos cyrios!