Tu andas de alma em alma errando, errando,
Como de santuario em santuario.
És o secréto e mystico templario
As almas, em silencio, contemplando.

Não sei que de harpas ha em ti vibrando,
Que sons de peregrino estradivário,
Que lembras reverencias de sacrario
E de vózes celestes murmurando.

Mas sei que de alma em alma andas perdido,
Atraz de um bello mundo indefinido
De Silencio, de Amor, de Maravilha.

Vae! Sonhador das nobres reverencias!
A alma da Fé tem d'essas florescencias,
Mesmo da Morte resuscita e brilha!