1H DOM JOAO VI XO BRAZIL

tualidade de qualquer invasao. Constava a guarnigao do Rio* Grande de dous regimentos de linha, sendo um de S. Paulo,, ao todo 7 h omens que se detestavam cordialmerjte, de accordo com o seu bairrismo; alguma artilheria ligeira; um regimento de milicias e um corpo de cavallaria, recrutados ambos nas estancias, nos quaes serviam sem excepc.ao todos os gauchos validos com os seus lagos e bolas, que Ihes eram. mais uteis do que os mosquetes, mobilizando-se esta tropa de segunda linha com a maxima presteza e offerecendo ao inimigo a resistencia do numero e do valor. O batalhar con- stante d essa secgao do paiz tinha aguerrido o espirito da po- pulagao, tornado energica a administracao e ate destra a policia, tanto mais necessaria quanto a exhuberancia dos temperamentos apaixonados fazia frequentes os homicidios por disputas e ciumes.

Merce do clima europeu, a immigracao portugueza ahi augmentava expontanea e gradualmente e, devido ao estado ultimamente anarchizado do Rio da Prata, assenhoreada- pelos Inglezes e onde iam principiar longas e tremendas dissensoes politicas, crescia o bem estar da provincia correla- tivamente com o desenvolvimento do seu commercio, quer maritimo com outros portos do littoral, quer terrestre atra- vez das fronteiras. Segundo o depoimento de Luccock, a vida no Rio Grande nada tinha de desagradavel ao tempo d El-Rei Dom Joao VI. A convivencia parecia mesmo mais franca do que no Rio, mais disposta a gente a divertir-se; do que resultava ser n essa, como n outras capitanias, a ani- magao social superior a da capital.

Em casa do vigario- - um excellente typo dos nossos pa dres de entao, padres ardentes, tropicaes, com muito adianta- men to, nas ideas, muita bondade. no coragao e muita frou-

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