casa durante a ausência do seu amigo, esta convidou Eugênio a passear.
Sem que tivesse precedido ajuste algum, os passos dos dois adolescentes se encaminharam instintivamente para o sitio favorito de seus brinquedos de outrora e dirigiram-se através do vargedo para a ponte das paineiras. Chegados ali, Eugênio encostou-se ao tronco de uma das paineiras, e de braços cruzados ali ficou por alguns instantes silencioso e pensativo. A lembrança das horas de puro e inocente prazer, que ali outrora havia fruído em companhia de Margarida, se elevava como um perfume do íntimo do coração, e remontando ao espírito o envolvia como em um ambiente de odor e suavidade.
— Que está aí a cismar? - disse Margarida, sacudindo-lhe o braço. - Volte-se e veja o que é que está aí na casca dessa paineira e daquela também.
Eugênio reparou para o tronco das duas paineiras, e viu neles entalhados em um a letra E, e no outro a letra M.
— Eugênio e Margarida! - exclamou ele. - Aposto que é isto que querem dizer estas letras.
— É isso mesmo; adivinhou. Fui eu que fiz essas letras aí com a ponta de um canivete.