Cedo à sofreguidão do estômago. É a hora

De comer. Coisa hedionda! Corro. E agora,

Antegozando a ensangüentada presa,

Rodeado pelas moscas repugnantes,

Para comer meus próprios semelhantes

Eis-me sentado à mesa!


Como porções de carne morta... Ai! Como

Os que, como eu, têm carne, com este assomo

Que a espécie humana em comer carne tem!...

Como! E pois que a Razão me não reprime,

Possa a terra vingar-se do meu crime

Comendo-me também.

(Outras Poesias, 32)