40 anos no interior do Brasil/Pagamento com contratempos

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Pagamento com contratempos


A construção do trajeto sul da linha férrea ia de vento em popa.[1] Eu era o chefe de setor; Dr. Alaro, o chefe da construção; o velho Mr. Ryant, nosso diretor geral norte-americano.[2] Dr. Alaro veio correndo ao meu escritório.

“Escute só que ideia absurda o velho teve de novo! Ele ainda acha que está na América do Norte, onde uma grande companhia pode fazer o que quiser”.

“E o que ele quer agora?”

“Como o senhor sabe, ele entregou contratualmente a construção do trajeto sul ao empreiteiro geral, o Dr. Salana[3]. Mas este o passou para trás com o contrato; pois o próprio Salana o redigiu, em função de Ryant não entender uma palavra de português. E agora Salana trabalha de modo que as obras de aterro sejam executadas sempre por ele, pois elas lhe rendem um bom faturamento, e, quando os transportes mais extensos começam, ele abandona a obra. É muito claro que não tem a menor intenção de terminar o trabalho, mas sim ficar com o seu dinheiro e se mandar. Contratualmente, Ryant não pode fazer nada contra ele”.

“Então o que o velho quer fazer agora? O senhor falou de uma ideia absurda dele.”.

“A ideia absurda é a seguinte: eu, justo eu, devo ir ao mato com o tesoureiro, reunir os mestres de obras americanos, esclarecer ao Salana que ele não pode prosseguir o trabalho e deve dizer aos seus operários que receberão seu dinheiro diretamente da companhia, isto é, de mim. Eles só precisam apresentar um recibo de Salana que eles teriam tanto a receber.”

“A ideia não é nada má; pois desta forma os trabalhadores vão querer forçar Salana a lhes dar os recibos, em troca dos quais eles vão receber o seu dinheiro e também mais trabalho da companhia, supondo que Salana se deixe ser forçado”.

“Sim, isso é verdade, ele não vai se deixar levar! E aí há um terrível tumulto, eu fico no meio da história e um e outro vai exigir o dinheiro de mim, por bem ou por mal. O senhor quer saber de uma coisa, senhor Roberto, venha junto. O senhor tem estado mais tempo envolvido com a obra e tem mais experiência do que eu nesses perigos”.

Eu refleti. O trabalho na empresa estava tão entediante, enquanto lá no mato poderia ser muito mais interessante. Então decidi ir junto. O Dr. Alaro ficou contente e me garantiu outra vez que nunca se esqueceria de mim. A expedição partiu na manhã seguinte com um trem extra, e nós chegamos na última estação pela noite. Adiante só era possível ir sobre mulas e cavalos. Éramos um total de nove pessoas. Em Porto, o engenheiro do governo uniu-se a nós. Os mestres de obras americanos chegaram na manhã seguinte. Mas quem não apareceu foi o Dr. Salana, apesar de ele ter sido especialmente convidado. Nós tínhamos o dinheiro conosco, duzentos Contos de réis, aproximadamente cem mil Reichsmark.[4]

Então um conselho de guerra foi reunido para decidir sobre o que seria feito da atitude do Dr. Salana. O Dr. Alaro estava inclinado que se deveria aguardar aqui na estação, mas os americanos votavam por se cavalgar tranquilamente com o dinheiro até o último mestre de obras. Eu propus que se devia cavalgar, mas que deveríamos deixar o dinheiro lá na estação. Pois lá havia um cofre forte e pessoas que pudessem o vigiar, mas lá no mato nós estávamos entregues tanto ao Dr. Salana como ao seu pessoal; mesmo que nós pudéssemos voltar, estes nunca permitiriam que o dinheiro nos acompanhasse. Os americanos - quando falo de americanos, refiro-me aos norte-americanos - riam e troçavam de nosso medo, diante do que repliquei que medo e extrema imprudência são duas coisas bem diferentes, e, além disso, eu realmente queria que cavalgássemos até Salana, só o dinheiro deveria ficar; de resto eles poderiam fazer o que bem entendessem, já que eu estava ali só por diversão mesmo. Depois disso os americanos se desculparam, mas realmente não havia sinal de perigo e eles já tinham vivido com o Dr. Salana e seu pessoal e por isso deviam saber mais do que nós. Dr. Alaro hesitou no que ele devia fazer, mas os americanos sabiam como o convencer e ficou decidido cavalgar pelo mato com o dinheiro. Todo o conselho não havia durado um quarto de hora e logo depois do café da manhã partimos. Na frente iam os dois americanos sobre cavalos muito bons, depois vinha o Dr. Alaro, atrás dele um criado cuja mula levava ambos os cofres cheios de dinheiro sobre a albarda no cabresto, a seguir o tesoureiro, depois eu, o engenheiro do governo e os outros. Nós tínhamos mulas de carga para cavalgar, que sobre caminhos ruins são mais seguras do que cavalos. A trilha sobre a qual nós cavalgávamos levava morro acima sobre o divisor de águas do "Rio Timó" ao "Rio do Pixe",[5] morro abaixo a uma magnífica floresta de araucárias, uma vez que as copas dessas árvores só se expandem bem no alto se podia acreditar que se estava transplantado numa maravilhosa catedral, na qual uma segunda vegetação mais baixa e brenhas se estendiam até meia altura. As araucárias são as únicas coníferas conhecidas por estas paragens, mas que diferença entre elas e os nossos pinheiros e abetos! Até a altura de mais ou menos quinze, metros as araucárias jovens mantêm a forma de nosso abeto, mas então se estendem e a cada ano perdem mais ramos inferiores e quando atingem a idade de vinte e cinco anos mais ou menos, formam ano após ano outra copa, na ponta da qual os galhos ficam estreitamente apertados e curvados para cima, de modo que se forma em cima quase uma superfície. A disposição dos ramos tem a maior semelhança com a forma de florescência de nosso milefólio conterrâneo, só que os troncos têm de vinte e cinco a quarenta metros e até dois metros de diâmetro. Olhando-se de cima para um desses vales revestidos de araucárias, parece como se houvesse uma segunda camada e solo no alto. Quando a árvore é pequena serve como árvore de Natal para nós, alemães no Brasil; mas enfeitar a árvore é consideravelmente mais incômodo, pois as agulhas são largas e cada uma é guarnecida com uma ponta que pica desagradavelmente. O tom de cor de uma floresta de araucárias é um melancólico verde-acinzentado.

Então nós cavalgamos nesta catedral natural em um lusco-fusco, onde não se falou muito, pois a trilha a cavalo era tão estreita que somente se podia cavalgar um atrás do outro. Atravessamos muitos riachinhos, os animais passavam com água até a barriga, quando o fundo era firme; ou então eram construídas pontes de troncos de árvores cobertos de arbustos e terra. Mas todos esses trabalhos eram feitos com pressa e logo a terra sobre os arbustos se desfazia, muitas vezes formando buracos através dos quais os animais pisavam fundo e cada vez havia uma nova interrupção, sempre que havia tal agradável pontezinha para passar. Um sinal da inteligência das mulas era seu comportamento quando chegavam em uma dessas pontes. Elas paravam, curvavam a cabeça com um ofego baixo até o chão, iam com o focinho testando a má resistência da cobertura ou atravessavam cuidadosamente passo a passo ou davam um pulo até a outra margem firme. Em tais passagens o cavaleiro deixa as rédeas bem frouxas e o próprio animal decide como fica melhor.

Finalmente chegamos à casa do último mestre de obras americano que nos acolheu com um aperto de mão. Para recuperar nossas forças, primeiro foi oferecido um solene coquetel e então construída uma longa mesa com duas tábuas, sobre a qual foi servido o almoço. Havia o inevitável feijão preto com arroz, mas também conservas e vinho, pois os senhores americanos não viviam mal; eles tinham exigido “com alimentação” no contrato, e desta forma não se alimentavam nada mal; havia até mesmo Champanhe na barraca. Quando eu perguntei ao americano se ele também colocaria isto na conta, ele riu e disse:

“Mas como vocês alemães são certinhos! Nós alegamos que os cavalos comem mais milho”. Depois do almoço foi servido o forte e habitual café que os americanos “diluíam” em um pinguinho de whisky, então nos sentamos em volta da lareira que os americanos haviam construído de barro e pedra; pois não estava muito quente. Então novamente foi reunido um conselho de guerra, mas que desta vez teve uma cara bem diferente do que o da última estação. É que o americano, em cuja casa nós estávamos tinha uma opinião completamente divergente da dos seus senhores colegas e disse claramente que nós tínhamos cometido uma enorme leviandade em trazer o dinheiro pelo mato. Dr. Alaro começou a lamentar-se e acusou os outros americanos, estes se defendiam, eu ria, o tesoureiro amaldiçoava; era uma discussão bastante animada. De repente bateram à porta e entrou ninguém mais ninguém menos do que o próprio Dr. Salana em pessoa. Era um homem gentil de olhar enérgico e de aproximadamente trinta anos, com bigode ousado, olhos pretos e astutos e uma boca amigavelmente sorridente. Ele nos cumprimentou e garantiu que se alegrava imensamente de nossa vinda; e que, além disso, tínhamos sido muito gentis por já termos trazido o seu dinheiro e por isso ele nos era especialmente agradecido. Dr. Alaro o contrariou dizendo que ele estava equivocado; pois o dinheiro que nós tínhamos conosco seria destinado a pagar o seu pessoal, e diretamente. Ele então quis ter a cordialidade de dizer que cada um receberia de seu pessoal um recibo de quanto teriam para receber, então o tesoureiro os pagaria. O Dr. Salana fez uma expressão maliciosa, soltou uma risada resoluta e achou que tudo aquilo deveria ser uma grande brincadeira; pois ele não havia encarregado ninguém de pagar o seu pessoal e seu contrato estava registrado devidamente. O Dr. Alaro, que não era nada razoável, manteve uma longa conversa com ele e acabou dizendo que ele deveria executar agora mesmo a ordem de nosso chefe, o senhor Ryant. O Dr. Salana replicou com seriedade que não daria a ninguém do seu pessoal um pedacinho de papel como recibo; mas ele deixou bem claro que faria todo o possível para conter o seu pessoal, mas que estes dificilmente permitiriam que o dinheiro que nós havíamos trazido tão escancaradamente, retornasse conosco. Infelizmente havia muitos maus elementos entre eles. Em seguida, o engenheiro do governo tomou a palavra, seguido por muitos outros, sem apresentarem algo de interesse, e por fim o Dr. Salana se despediu e disse ao se retirar que deveríamos pensar melhor no assunto. Quando ele se foi, a atmosfera ficou pesada e angustiante e finalmente foi decidido entrar em contato telefônico com o Mr. Ryant, o que também aconteceu. Mas este também não deu uma resposta definitiva e enquanto isso, a noite se aproximava. No lusco-fusco eu vi pessoas armadas andar às furtadelas em torno da casa e comuniquei aos senhores, cuja calma não se abalava. Ainda não se havia chegado a nenhuma decisão e depois do jantar todos estavam cabisbaixos. Armados estávamos todos, mas ninguém resistiria muito bem, se um ataque geral tomasse lugar e uma parte dos trabalhadores tentasse tomar posse do dinheiro. Mas por outro lado, era de se acreditar que o Dr. Salana não permitiria isso. Parecia-me que até mesmo ele estivesse com o pessoal que silenciosamente rodeava nossa casa, possivelmente porque temia que nós fôssemos tentar fugir com o dinheiro sob o manto da noite. Por fim o americano, em cuja casa estávamos, sugeriu que fôssemos dormir. Ele tinha três camas que nos colocou à disposição. Ele próprio iria dormir sobre uma esteira. Dr. Alaro declarou querer dormir na cadeira de balanço, sobre a qual ele estava sentado, e a maioria dos outros também não quis ir para a cama. Eu disse que não havia ameaça de perigo, pois acreditava que o próprio Dr. Salana nos protegeria, não por amor a nós, mas sim por amor ao dinheiro que ele esperava receber de nós. Finalmente fomos, eu, um americano e o engenheiro do governo para a cama, os outros acamparam sobre cadeiras e esteiras.

Na manhã seguinte se voltou para lá e para cá com as negociações, pois o campamento do Dr. Salana ficava a menos de um quilômetro do outro lado do barranco, através do qual murmurava um riacho. Eu me aborreco e reclamei de não termos um mero jogo de xadrez e alguém com quem se pudesse jogar. “Eu jogo”, disse o secretário do Sr. Ryant. Tratava-se então de encontrar somente um jogo. Naturalmente que não havia nenhum lá. Mas é preciso saber se virar. Um tabuleiro foi improvisado sobre um papel de desenho; agora tratava-se de conseguir as peças. Eu sabia que no campamento de Salana havia uma farmácia, de onde eu queria arranjar frascos de cortiça de diferentes tamanhos que podiam servir como peças. Desci primeiro um barranco e depois subi um morro em direção ao campamento do Dr. Salana e procurava pelas cortiças na farmácia, quando ouvi gritos e discussão. É que nesse meio tempo uma tropa de trabalhadores havia chegado ao outro campamento, no qual nós havíamos passado a noite e nosso indiscreto tesoureiro os havia instigado e disse a eles que deviam somente receber um recibo do Dr. Salana, que pagaria imediatamente. Então eles desceram o morro de assalto e exigiram o recibo. O Dr. Salana sacou o seu revólver e perguntou a eles se queriam receber o recibo na cabeça ou na barriga; os empregados e encarregados de Salana precipitaram-se para fora da casa armados com espingardas Winchester; os dois americanos e o engenheiro do governo procuraram intervir; os trabalhadores puxaram suas facas, alguns revólveres, todos gritavam numa bagunça. O terceiro americano estava escorado na parede da casa, eu me juntei a ele. O engenheiro do governo gritou: “Eu sou a autoridade! Sem derramamento de sangue!” e tomou dos empregados algumas espingardas, mas estes saltavam para dentro da casa e imediatamente voltavam para fora armados com novas espingardas. Era um tumulto indescritível. Eu tinha o revólver pronto para disparar no bolso do casaco, caso alguém viesse muito perto da barriga. O americano, ao lado do qual eu estava, tinha os braços cruzados sobre o peito, de modo que seu revólver descansava fora da vista embaixo da axila, uma ótima pose, que em tais situações me chamava a atenção. Eu me senti como se estivesse no teatro ou na “Dança das Bruxas” no Blocksberg.[6] De repente o americano disse: “Goddam, mas que sociedade engraçada é essa aqui! Todos gritam e ninguém atira. Com a gente antes se atiraria e depois se gritaria”. E realmente: todos pareciam querer resolver tudo aos gritos. Mas finalmente os trabalhadores se convenceram de que eles não poderiam fazer nada contra as espingardas, de modo que agora o Dr. Salana pôde tomar a palavra. E como tomou! Foi uma discussão trovejante; não contra os trabalhadores, mas sim contra a companhia que se atrevia a intervir em seus sagrados direitos e que somente esperava pagar os trabalhadores e então despedi-los, já que ele sempre se preocupava com eles como um pai fiel. O dinheiro já estaria aqui; os trabalhadores receberiam tudo se eles se mantivessem fiéis a ele. Ou eles pensavam que o dinheiro seria devolvido? Ele deteve-se e os observou questionador. Por um segundo tudo ficou calmo, mas então arrebentou e todos os olhos reluziram compreensivos.

“Naturalmente o dinheiro está aqui; e morre quem quiser devolver!”

“Sem violência, pessoal!” advertiu então Salana. “Tudo como manda a lei”.

“Sim, isso é tudo que nós queremos, tudo como manda a lei!” - e então desataram numa gargalhada barulhenta. Os americanos, que não tinham entendido tudo em português, me pediram para traduzir para o inglês, o que eu fiz imediatamente e com secreta alegria.

“Sim, mas o que tudo isso quer dizer?” perguntou um incerto.

“Quer dizer”, devolvi, “que agora os trabalhadores estão de acordo com Salana em nos torcer o pescoço se nós nos atrevermos a levar o dinheiro de volta!” E com isso o deixei lá parado, meti a mão no bolso para sentir se tínhamos cortiças suficientes para jogar xadrez e voltei passeando para o nosso campamento. Lá chegando, eu disse em belas palavras para o tesoureiro que ele era um burro, caminhei até o americano que era dono do apartamento e perguntei a ele se teria muita roupa suja. Ele me observou como se eu tivesse ficado louco, mas então disse hesitante que sim, mas depois entendeu. Então eu agarrei o tesoureiro pelo braço e o arrastei junto com o americano para o quarto de dormir deste. Lá eu os anunciei o plano de esconder uma parte do dinheiro em cédulas na roupa suja do americano, precisamente oitenta contos de réis (= 40.000 marcos), e falar que nós só havíamos trazido cento e vinte contos. Os americanos queriam morrer de rir. O tesoureiro buscou o dinheiro, nós repartimos oitenta contos em notas grandes e as escondemos na caixa velha e suja do americano e avisamos o Dr. Alaro, que estava de acordo com todos e só tinha uma ideia: sair dali o quanto antes. Ao engenheiro do governo nós não dissemos nada a respeito da divisão do dinheiro, mas sim falamos só dos cento e vinte contos, para que ele involuntariamente nos ajudasse a mentir. Tudo saiu como planejado. Enquanto o Dr. Salana, o Dr. Alaro e os americanos negociavam e conversavam ao telefone com Mr. Ryant, eu fiquei o tempo todo sentado ao tabuleiro de xadrez com o próprio secretário, e só de vez em quando lançava uma olhadela para os debatedores. Finalmente foram feitas as pazes. Primeiro o Dr. Salana não quis acreditar que nós tínhamos trazido somente cento e vinte contos, mas aí também o engenheiro do governo o garantiu, ele cedeu e recebeu o seu dinheiro, deu um recibo de que ele havia recebido a quantia “a conto” e retirou-se. Nesse meio tempo, a tarde já havia chegado. Nós tínhamos jogado três partidas de xadrez. Os cavalos e mulas foram preparados e a marcha de volta teve início. Mas os 80 contos nós trouxemos de volta, enrolados no saco feito com o casaco do tesoureiro.

 
 
August Suiter. Trabalhadores. Negativo em vidro cristal, 13 x 18 cm, s/d.
Linha Sul da Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande (EFSPRG).
Acervo: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina, Florianópolis/SC.[7]

 

  1. Refere-se a construção da Linha Sul da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande. Naquele momento a concessão desta ferrovia já se encontrava sob controle da Brazil Railway Company (BRC), de Percival Farquhar. Por ser empresa de origem norte americana, possuía vários engenheiros e funcionários daquela nacionalidade. (NdH)
  2. Trata-se do engenheiro Dr. Álvaro Martins, que naquele momento era Chefe da Construção. O americano Mr. Ryant era então o Diretor Geral da Construção da EFSPRG. Em algumas fontes jornalísticas seu nome aparece grafado como Bryant e identificado como “representante da Companhia no Estado” (vide, por exemplo, o Diário da Tarde, de Curitiba, de 07/07/1908). (NdH)
  3. Trata-se de A. Saldanha, um brasileiro identificado pelo jornal O Dia, de Florianópolis, como engenheiro (O DIA, 10/09/1908) e que foi empreiteiro geral da Linha Sul da EFSPRG até agosto de 1908. (NdH)
  4. Moeda vigente na Alemanha na época em que texto foi escrito. (NdT)
  5. Refere-se aos Rio Timbó e Rio do Peixe (território catarinense). (NdH)
  6. Ritual germânico pagão conhecido como noite de Walpurgis em que as bruxas voam para o topo de uma montanha e dançam em torno de uma fogueira. Celebrado na noite de 30 de abril para 1º de maio. Aqui o autor se refere à balbúrdia que as bruxas supostamente fazem. (NdT)
  7. Agradecemos ao historiador Luiz Carlos da Silva pela presente imagem, coletada em sua pesquisa de pós-doutoramento. (NdH)

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