Estive a refletir num projeto. É talvez uma loucura. E o que são todos os projetos do homem, miserável criatura, de quem zomba o tempo e a fortuna?
Lembrei-me de dar à estampa o meu livro.
Talvez naqueles que o lessem, excitasse eu alguma simpatia. Não me conhecendo nem sabendo o meu nome, a repugnância que inspiro não mataria o interesse pelo autor obscuro e ignorado.
Tenho tanta sede de afeição, depois que a tua me deixou vazio o coração!... Sentir-me querido, ainda, mesmo de longe, e envolto no mistério, seria uma suprema ventura!
Demais, quem sabe?... Salvaria deste martírio estéril e desta vida inútil alguma cousa.
Um nome, que fosse!
O nome é segunda vida. É a vida do futuro.
Não lhe chamam glória?...