Amo aquella formosa e terna moça
Que, á janella encostada, arfa e suspira;
Não porque tem do largo rio á margem
Casa faustosa e bella.
Amo-a, porque deixou das mãos mimosas
Verde folha cahir nas mansas aguas.
Amo a briza de leste que sussurra,
Não porque traz nas azas delicadas
O perfume dos verdes pecegueiros
Da oriental montanha.
Amo-a porque impellio co′as tenues azas
Ao meu batel a abandonada folha.
Se amo a mimosa folha aqui trazida,
Não é porque me lembre á alma e aos olhos
A renascente, a amavel primavera,
Pompa e vigor dos valles.
Amo a folha por ver-lhe um nome escripto,
Escripto, sim, por ella, e esse... é meu nome.