A fonte de águas cristalinas corre
Chamalotes de prata levantando,
E através de arvoredos murmurando,
Entre arvoredos murmurando morre...
No ocaso, o sol, a luz no oceano escorre
E sempre vejo, as sombras afrontando,
Uma mulher que canta e ri, lavando,
Mesmo que o sol muito abrasado jorre.
É verde o campo, deleitável e ermo.
Pássaros cortam vastidões sem termo,
Borboletas azuis roçam nas águas.
E cantando, a mulher, a rir a face,
Lava cantando como se lavasse
As suas grandes e profundas mágoas.