Ah minha Dinamene! assi deixaste
Quem nunca deixar pôde de querer-te!
Que ja, Nympha gentil, não possa ver-te!
Que tão veloz a vida desprezaste!
Como por tempo eterno te apartaste
De quem tão longe andava de perder-te?
Puderão essas ágoas defender-te
Que não visses quem tanto magoaste?
Nem somente fallar-te a dura morte
Me deixou, qu'apressada o negro manto
Lançar sôbre os teus olhos consentiste.
Oh mar! oh ceo! oh minha escura sorte!
Qual vida perderei que valha tanto,
Se inda tenho por pouco o viver triste?