ALENCAR
Hão de annos volver, — não como as neves
De alheios climas, de geladas cores;
Hão de os annos volver, mas como as flôres,
Sobre o teu nome, vividos e leves...
Tu, cearense musa, que os amores
Meigos e tristes, rusticos e breves,
Da indiana escreveste, — ora os escreves
No volume dos patrios esplendores.
E ao tornar este sol, que te ha levado,
Já não acha a tristeza. Extincto é o dia
Da nossa dor, do nosso amargo espanto.
Porque o tempo implacavel e pausado,
Que o homem consumiu na terra fria,
Não consumiu o engenho, a flôr, o encanto...