Personagens: A MESMA e SEGUNDA DOENTE

SEGUNDA DOENTE (Entra muito bem vestida.) — Doutora!..

LUÍSA (Levantando-se.) — Oh! como está, minha senhora?

SEGUNDA DOENTE — Muito melhor!

LUÍSA — Bem, isto é o que se quer. Vamos ver a garganta. (Segura um pequeno objeto de metal que deve estar em cima da mesa e abaixando com ele a língua da segunda doente, examinando a garganta.) Aspire... (A segunda doente aspira.) Não está de todo boa.

SEGUNDA DOENTE — É negócio grave, doutora? Será preciso fazer operação?

LUÍSA (Sentando-se à mesa e escrevendo.) — Não, não, é uma coisa insignificante, um pequeno prolapso da úvula. (Entregando-lhe a receita.) Tome uma colher de sopa deste remédio três vezes por dia, uma logo de manhã, assim que acordar, outra ao meio-dia e outra à noite, antes de se deitar. Mande fazer isto na botica do Nogueira, no Largo da Lapa.

SEGUNDA DOENTE — Adeus, doutora...

LUÍSA — Adeus!