Através das romãzeiras
E dos pomares floridos
Ouvem-se as vezes ruídos
E bater d’asas ligeiras.
São as aves forasteiras
Que dos seus ninhos queridos
Vêm dar ali os gemidos
Das ilusões passageiras.
Vêm sonhar leves quimeras,
Idílios de primaveras,
Contar os risos e os males.
Vêm chorar um seio de ave
Perdida pela suave
Carícia verde dos vales.