(17 set. 1880)
Ao distinto e talentoso jovem
José Arthur Boiteux
Avante, sempre nessa luz serena,
Empunha a pena, sem temor, com fé!...
Eleva as turbas as idéias d’oiro,
Que um tesouro tua fronte é!...
Eia, caminha nessa senda nobre
Na pátria pobre, no teu berço aqui!...
Prossegue altivo, sem parar, constante,
Faz-te gigante, diz depois: Venci!...
Imita os grandes, incansáveis vultos
Que lá sepultos no pó negro estão!...
Anda, romeiro dos vergéis divinos,
Mergulha em hinos a gentil razão!...
Eia, que sempre na brasílea história
De alta glória colherás o jus!...
O livro augusto do Porvir descerra,
Sê desta terra o precursor da luz!...