Brandas águas do Tejo que, passando
Por estes verdes campos que regais,
Plantas, hervas, e flores, e animais,
Pastores, Nymphas, ides alegrando;
Não sei, (ah doces águas!) não sei quando
Vos tornarei a ver; que mágoas tais,
Vendo como vos deixo, me causais,
Que de tornar ja vou desconfiando.
Ordenou o destino, desejoso
De converter meus gostos em pezares,
Partida que me vai custando tanto.
Saudoso de vós, delle queixoso,
Encherei de suspiros outros ares,
Turbarei outras águas com meu pranto.