Ad poetam


Na dinâmica aziaga das descidas,

Aglomeradamente e em turbilhão

Solucem dentro do Universo ancião,

Todas as urbes siderais vencidas!


Morra o éter. Cesse a luz. Parem as vidas.

Sobre a pancosmológica exaustão

Reste apenas o acervo árido e vão

Das muscularidades consumidas!


Ainda assim, a animar o cosmos ermo,

Morto o comércio físico nefando,

Oh! Nauta aflito do Subliminal,


Como a última expressão da Dor sem termo,

Tua cabeça há de ficar vibrando

Na negatividade universal!


(Outras Poesias, 3)