ROCOCÓ (estilo artístico do Barroco tardio francês)
O termo Rococó vem, provavelmente, do étimo francês rocaille, que significa incrustações de conchas. Passou a indicar especialmente a refinada decoração de interiores: mobiliário, ourivesaria, prataria. Considerado um Barroco sublimado, o estilo rococó compensa a falta da imponência e da visão dilemática da existência, própria da arte seiscentista, por uma maior leveza e graciosidade. Especialmente na França de Luís XIV, que deslocou sua corte para o Palácio de Versalhes, de 1682 a 1789, ano da Revolução Francesa, o culto da beleza formal adquire um maior requinte, um virtuosismo que chega à afetação. O espírito hedonista da vida mundana, cultivado pelos nobres, pelos prelados da Igreja Católica e pela alta burguesia, conjugado com o bucolismo idealizado, dá início a um novo estilo, o "Rococó", que se afirma melhor nas artes plásticas. Exemplar é o quadro "Fête Galante", de Antoine Watteau: numa paisagem campestre, gente aristocrata se diverte despreocupadamente com música, dança e canções. Da França, o estilo rococó se espalhou pela Europa toda. Lembramos, apenas como exemplo, o dourado e o laqueado da biblioteca da Universidade de Coimbra.