O CHEIRA-CÉU
Chamavam-no “O Cheira-Céu”.
Andava de déu em déu,
De narizinho pra o ar.
E nesse constante andar,
Eram sempre tropeções,
Encontrões e trambolhões...
Levando a sua sacola,
Cheira-Céu vai para a escola.
Não se incomoda com o chão.
Mas, eis que vem vindo um cão
Numa louca disparada!
Cheira-Céu não nota nada.
E mesmo porque não nota,
Foi aquela cambalhota!
Levantou-se, foi andando,
Olhando o ar... E eis senão quando,
Catrapus! caiu no mar!
E ao vê-lo assim mergulhar,
Três peixinhos distraídos
Fugiram espavoridos!
Graças a Deus foi pescado
Por dois homens, o coitado!
Mas a pasta foi-se embora...
Como é que vai ser agora,
Na escola, quando chegar?
O que é que êle vai contar?...