TONICO BALANÇA-E-CAI
Seu pai falava e falava...
Mas Tonico costumava
(Vejam só que brincadeira!)
Balançar-se na cadeira
Que não era de balanço...
Era um vaivém sem descanso,
Durante o almôço e o jantar.
O pai cansou de ralhar.
— “Bão, babalão,
Senhor capitão”...
Quem não ouve o seu papai
Um dia... balança e cai.
E foi o que sucedeu.
Certa vez, tanto mexeu,
Tanto inclinou para trás
Sua cadeira, que — zás!
Tonico, vendo o perigo,
Puxou a toalha consigo.
Foi tudo de cambulhada:
Vinho, pão, sopa, feijoada!
Que susto para o papai
E para a mamãe! Mas, ai!
Para o Tonico, no chão,
Que formidável lição!