O CHUPA-DEDO



Só conhecia um brinquedo
O Juca: chupar o dedo.
Ora, a mamãe, que saía
De casa, lhe disse, um dia:


— “Meu filho, seja bonzinho!
Não chupe mais o dedinho!
O alfaiate, um dia, traz
A sua tesoura e — zás!
Era uma vez êsse dedo!”,

Ora, o Juca não tem mêdo.
Mal a mamãe vai-se embora,
Diz êle consigo: — “É agora!”
E põe-se logo a chupar
O dedinho polegar.


Mas, ai do desobediente!
Chegou voando, de repente,
Com sua tesoura enorme,
O alfaiate que não dorme.
E, em vez de um dedo, que fêz?
Cortou-lhe dois de uma vez!