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A caçada
Ao mirante gentil de construcção bizarra
Acabou de subir naquelle mesmo instante
Em que o seu noivo foi á caça; e, palpitante,
Lá fóra cuida ouvir os sons de uma fanfarra.
E, ao mesmo tempo ouvindo o selvagem descante
Que, entre as folhas, sibila a estridula cigarra,
Ella vae ler a carta onde o seu noivo narra
A dor que ha de soffrer quando estiver distante...
E dorme, vendo o sol que, atravez de uma escassa
Nuvem branca, illumina as ingremes encostas
Dos montes onde ondeja a matilha da caça;
E, bem perto, ao rumor de trompas e ladridos,
O seu noivo gentil que, de espingarda ás costas,
Lhe offerta uma porção de passaros feridos...