IV
Estella
Como dormes feliz, anjo adorado,
Nesse teu berço, assim... tu, cujos olhos
Nunca viram miserias nem abrolhos,
Mas vêm sómente o maternal cuidado.
O anjo da guarda está velando ao lado
Do teu berço, a sorrir... Os teus antolhos
São, por emquanto, os ondulantes folhos
Do teu bercinho de ébano lavrado.
Dorme, que emquanto o cherubim de vela,
Elle te envolve nessa etherea veste
Que usam no céo os cherubins, Estella;
Dorme; o teu somno cheio de fulgores
De certo eleva-te a um paiz celeste
Todo cheio de passaros e flores.