Nem marinha nem paisagem, não soube de nada. Fidélia não tem aparecido no Flamengo, e escreveu hoje à velha amiga um bilhete de desculpas; está tomando as contas ao tio, que voltou ontem da fazenda. Não me lembra se já escrevi que o Banco do Sul é que fará a transferência de Santa-Pia.
D. Carmo, a pretexto do estilo, deu-me o bilhete a ler. Tem graça, decerto, mas o verdadeiro motivo é a ternura que ela sente em ler a amiga e fazê-la ler aos outros. Depois que lho restituí, leu-o outra vez para si. Já devia trazê-lo de cor. Em meio disto achou modo de aprovar a minha idéia do filho pintado pela filha, ouvida ao Tristão.
— Hei de dizê-la a Fidélia.
Tristão não estava presente; fora jantar com um ministro. Francamente, era mais fácil à moça prometer que pintar a marinha. O que a boa Carmo disse que faria penso que o não fará; não irá propor à viúva que venha copiar a figura do afilhado na marinha do Flamengo. A familiaridade que haja porventura entre eles não se ajustará muito a esta ação de arte, incômoda ou não sei que diga...
Suspendo aqui a pena para ir dormir, e escreverei amanhã o resto da noite.