Ah! esta mocidade! — Quem é moço
Sente vibrar a febre enlouquecida
Das ilusões, da crença mais florida
Na muscular artéria de Colosso...

Das incertezas nunca mede o poço...
Asas abertas — na amplidão da vida,
Páramo a dentro — de cabeça erguida,
Vê do futuro o mais alegre esboço...

Chega a velhice, a neve das idades
E quem foi moço, volve, com saudades,
Do azul passado, o fulgido compêndio...

Ai! esta mocidade palpitante,
Lembra um inseto de ouro, rutilante,
Em derredor das chamas de um incêndio!