A exaltação emocional do Gozo,

O Amor, a Glória, a Ciência, a Arte e a Beleza

Servem de combustíveis à ira acesa

Das tempestades do meu ser nervoso!


Eu sou, por conseqüência, um ser monstruoso!

Em minha arca encefálica indefesa

Choram as forças más da Natureza

Sem possibilidades de repouso!


Agregados anômalos malditos

Despedaçam-se, mordem-se, dão gritos

Nas minhas camas cerebrais funéreas...


Ai! Não toqueis em minhas faces verdes,

Sob pena, homens felizes, de sofrerdes

A sensação de todas as misérias!


(Outras Poesias, 23)