Efetuou-se o casamento três meses depois.
Celestina estava outra; perdera aquele estouvamento ignorante que era o principal traço do seu caráter, e com ele as idéias extravagantes que o major lhe incutira.
O coronel assistiu ao casamento.
Um mês depois o coronel foi despedir-se dos noivos, voltava para o Norte.
— Adeus, meu amigo, disse-lhe o doutor; nunca esquecerei o que fez por mim.
— Eu não fiz nada; ajudei a boa sorte.
Celestina despediu-se do coronel com lágrimas.
— Por que choras, Celestina? disse o velho, eu volto breve.
— Sabe por que ela chora? perguntou o doutor; eu já lhe disse que sua mãe estava no Norte; ela sente não poder vê-la.
— Ve-la-á, porque eu vou buscá-la.
Quando o coronel saiu, Celestina pôs os braços à roda do pescoço do marido, e disse com um sorriso entre lágrimas:
— Ao pé de ti e de minha mãe, que mais quero eu na terra?
No ideal da felicidade da moça já não entrava o coronel. Ó amor! ó coração! ó egoísmo humano!