Ernesto Sena — "Notas de um Repórter", pág. 185.

Após a sua entrada para a pasta da Fazenda, havia o conselheiro Francisco Belisário Soares de Sousa recorrido, já, três vezes, ao crédito do país no estrangeiro, quando, ao passar um dia pela rua do Ouvidor, ouviu que alguém o saudava, alto:

— Bom dia, sr. Conselheiro, meu amigo e colega!

O ministro voltou-se, e, vendo Paula Ney, de chapéu na mão, numa reverência, correspondeu, atrapalhado, ao cumprimento.

E Ney, logo, com o mesmo sorriso:

— Colega, sim... Porque... V. Excia. Também não vive de empréstimos?