Contada ao colecionador.
Eleito o conselheiro Rodrigues Alves, em 1918, para a presidência da República, mandou chamar ao seu leito de enfermo o dr. Artur Neiva, então diretor da Higiene de S. Paulo, perguntando-lhe se aceitava, no seu governo, a direção da Saúde Pública.
— E eu tenho que deixar a Higiene aqui em S. Paulo? — indagou o convidado, que é fanático pelo Estado natal.
— Naturalmente.
— Então, V. Excia. me perdoe mas eu não aceito. O meu cargo, aqui, é mais honroso do que qualquer outro.
E numa definição do Brasil, que fez sorrir de vaidade o velho presidente paulista:
— S. Paulo, sr. conselheiro, é uma locomotiva poderosa, arrastando vinte vagões vazios!