Pires Brandão — "Correio da Manhã", de 13 de dezembro de 1925.
Certo médico do Paço, candidato a uma cadeira de senador e que figurava na lista tríplice, recebeu, um dia, do Imperador, uma preciosa caixa de rapé, de tartaruga, com lavores em ouro, verdadeira obra prima.
Radiante de júbilo pelo presente recebido, que parecia augurar a sua escolha, mostrou-a, na Câmara, a Martinho de Campos.
— Que tal? — indagou.
Martinho de Campos mirou o régio presente, e observou ao dono:
— É linda, meu amigo; mas acho que você preferiu a pitada à caixa!
Com efeito, meses depois deu-se a escolha imperial. F o escolhido foi outro.