Contada pelo Dr. Leví Carneiro.
Acabava Nilo Peçanha, então chefe incontrastável da política fluminense, de formar a Assembléia Estadual, compondo-a de elementos amorfos e de, apenas, duas os três figuras de valor, quando um amigo lhe observou, intrigado:
— Eu não sei como é que você, um homem inteligente, organiza uma Assembléia daquelas. Apenas dois ou três rapazes de talento, para vinte nulidades, quando há tanta gente aproveitável no Estado.
Nilo Peçanha fez dançar no dedo o seu pince-nez de aros de tartaruga, pendente de uma grossa fita negra, e sorriu:
— Ora, filho!... Você já viu esses ramalhetes que as meninas oferecem à professora nos dias de festa? Pois, as Assembléias devem ser assim.
E com perversidade:
— Duas ou três rosas bonitas,_ o resto manjericão...